segunda-feira, 6 de junho de 2011

Taliban do Paquistão jura vingança contra EUA



Taliban do Paquistão jura vingança contra EUA
REUTERS
Por Shams Mohmand
PESHAWAR, Paquistão (Reuters) - O Taliban paquistanês, um aliado próximo da Al Qaeda, planeja atacar alvos dos Estados Unidos no exterior para vingar a morte de Osama Bin Laden, disse um dos seus principais líderes.
O Tehrik-e-Taliban do Paquistão (TTP), ou movimento do Taliban no Paquistão, já começou a cumprir as ameaças de vingança por conta da morte de Bin Laden, que aconteceu no dia 2 de maio em uma ação realizada por forças especiais dos EUA em cidade paquistanesa.
O grupo militante bombardeou o comboio do consulado norte-americano, sitiou uma base naval e explodiu cadetes paramilitares no Paquistão, que o Taliban vê como uma marionete dos EUA e que Washington avalia como indispensável na guerra contra os militantes.
Omar Khalid Khorasani, o principal comandante do Taliban em Mohmand, uma das tribos rebeldes do Paquistão, concordou em responder a questões enviadas pela Reuters e gravá-las em DVD.
O vídeo começa com ele e alguns associados sentados no chão de uma casa com paredes de barro, comendo pedaços de manga e fazendo piadas. Ele, então, fica sério e começa a falar sobre as intenções do TTP.
Os ataques recentes do TTP no Paquistão foram apenas o início das represálias sangrentas pela morte de Bin Laden.
'Aqueles ataques foram parte da nossa vingança. Se Deus permitir, o mundo vai ver como nós vamos vingar o martírio de Osama Bin Laden', disse Khorasani. 'Temos redes de contatos em vários países fora do Paquistão.'
As perguntas foram entregues para assistentes de Khorasani em Mohmand. Ele, então, gravou as suas respostas e as enviou de volta para um repórter da Reuters que já o entrevistou no passado.
O TTP não demonstrou capacidade de fazer ataques sofisticados ao Ocidente. A sua tentativa mais aparente de realizar um grande ataque nos Estados Unidos fracassou.
A organização reivindicou responsabilidade pelo ataque frustrado com carro-bomba na Times Square de Nova York no ano passado. Mas as agências de inteligência dos EUA levam o TTP a sério. Ela foi adicionada à lista dos EUA de organizações terroristas estrangeiras.
'A nossa guerra contra a América continua dentro e fora do Paquistão. Quando nós atacarmos, vamos provar que podemos atingir grandes alvos americanos fora do Paquistão', disse Khorasani, um homem alto com barba e cabelos na altura do ombro, traços comuns nas áreas tribais dos guerreiros da etnia Pashtun, na região ao longo da fronteira afegã.
O TTP tem um longo histórico de derramamento de sangue, realizando ataques suicidas que muitas vezes matam dezenas de pessoas. A organização ganhou a maior parte da sua experiência ao alimentar a insurgência dentro do Paquistão.
Uma aliança solta entre dúzias de grupos, o TTP intensificou a sua batalha contra o Estado em 2007, depois de uma sangrenta incursão do Exército na mesquita vermelha de Islamabad, que era controlada pelos seus aliados.
Sentado com uma pistola na cintura e com dois colegas com rifles AK-47 ao seu lado, Khorasani disse que a morte de Bin Laden não vai desmoralizar o Taliban.
Na verdade, criou uma 'nova coragem' nos militantes, disse o principal comandante do Taliban em Mohmand. 'A ideologia que nos foi dada por Osama Bin Laden e o espírito e a coragem que ele nos passou para combater os infiéis no mundo estão vivas', disse Khorasani, usando a tradicional calça larga e túnica, com um chapéu com topo redondo.
Ele descreveu Ayman Al-Zawahri, o ex-médico egípcio que deve ser o sucessor de Bin Laden, como o 'chefe e líder supremo' do Taliban do Paquistão.

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Procurador-geral arquiva representações contra Palocci





O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, arquivou hoje representações de partidos de oposição que pediam a abertura de investigações contra o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. A oposição queria que Palocci fosse investigado por suspeitas de irregularidades na empresa de consultoria Projeto, de propriedade do ministro. Nos últimos anos, Palocci multiplicou o patrimônio por 20 vezes. Ele atuava na assessoria a empresas.
O procurador decidiu arquivar as representações da oposição porque concluiu que não havia indícios de crime. 'Não é possível concluir pela presença de indício idôneo de que a renda havida pelo representado (Palocci) como parlamentar ou por intermédio da Projeto adveio da prática de delitos nem que tenha usado do mandato de deputado federal para beneficiar eventuais clientes de sua empresa perante a administração pública.'
O procurador afirma que a legislação penal não tipifica como crime a incompatibilidade entre patrimônio e renda declarada. Segundo ele, medidas radicais, como quebra de sigilo, somente devem ser tomadas diante da existência de indícios concretos da prática de crime, o que, segundo ele, não ocorre nesse caso.

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